
Jogar videogames precisa ser mais parecido com assistir a programas do Netflix: uma experiência fácil e integrada, capaz de se adaptar rapidamente ao aparelho que você estiver usando. É o que diz Aaron Greenberg, líder da divisão de marketing de Xbox
"Se começo a assistir Netflix no meu Xbox e pauso um filme ou uma série, consigo continuar exatamente da onde parei no tablet ou no PC. Queremos fazer a mesma coisa com games", afirma o executivo.
"Os games precisam evoluir, assim como seus programas de TV, livros e outras formas de entretenimento, que te acompanham de um dispositivo para o outro. Queremos construir um ecossistema único, centrado nos jogadores, em que a comunidade se mantém conectada independentemente de você estar no console ou no PC".
É uma afirmação ousada. Mas como isso vai acontecer? Ou melhor: por que devo acreditar?
Tudo faz parte de um plano maior da Microsoft. As falas de Greenberg defendem a nova tentativa da empresa, após fracassos como a plataforma Games for Windows Live (GFWL), de cair na graça da galera que joga no computador. E no meio-tempo, é claro, levantar a moral do seu principal produto, o Windows 10, entre os fãs de videogames.
01/03/2016 11h00 - Atualizado em 01/03/2016 14h19
Games precisam ser mais parecidos com Netflix, diz executivo de Xbox
Aaron Greenberg faz comparação para defender integração Windows/Xbox.
'Quantum Break', 'Gears of War' e 'Forza 6', jogos de Xbox, sairão para PC.
Bruno Araujo
Do G1, em San Francisco (EUA) – o jornalista viajou a convite da Microsoft
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'Quantum Break', 'Gears of War: Ultimate Edition', 'Killer Instinct' e 'Forza 6': é a Microsoft apostando no Xbox para ajudar o Windows 10 (Foto: Divulgação/Microsoft)
'Quantum Break', 'Gears of War: Ultimate Edition', 'Killer Instinct' e 'Forza 6': é a Microsoft apostando no Xbox para ajudar o Windows 10 (Foto: Divulgação/Microsoft)
Jogar videogames precisa ser mais parecido com assistir a programas do Netflix: uma experiência fácil e integrada, capaz de se adaptar rapidamente ao aparelho que você estiver usando. É o que diz Aaron Greenberg, líder da divisão de marketing de Xbox, em entrevista ao G1.
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'Overwatch', 'Street Fighter V'... Veja os 10 games mais esperados de 2016
"Se começo a assistir Netflix no meu Xbox e pauso um filme ou uma série, consigo continuar exatamente da onde parei no tablet ou no PC. Queremos fazer a mesma coisa com games", afirma o executivo.
"Os games precisam evoluir, assim como seus programas de TV, livros e outras formas de entretenimento, que te acompanham de um dispositivo para o outro. Queremos construir um ecossistema único, centrado nos jogadores, em que a comunidade se mantém conectada independentemente de você estar no console ou no PC".
É uma afirmação ousada. Mas como isso vai acontecer? Ou melhor: por que devo acreditar?
Tudo faz parte de um plano maior da Microsoft. As falas de Greenberg defendem a nova tentativa da empresa, após fracassos como a plataforma Games for Windows Live (GFWL), de cair na graça da galera que joga no computador. E no meio-tempo, é claro, levantar a moral do seu principal produto, o Windows 10, entre os fãs de videogames.
Série de corrida 'Forza' estreia no Windows 10 com 'Forza Motorsport 6 Apex', versão gratuita do game de Xbox One (Foto: Divulgação/Microsoft)
Série de corrida 'Forza' estreia no Windows 10 com 'Forza Motorsport 6 Apex', versão gratuita do game de Xbox One (Foto: Divulgação/Microsoft)
Xbox no PC
Essa estratégia foi detalhada na quinta-feira (25), em San Francisco (EUA), quando a Microsoft realizou um evento inteiramente dedicado a promover a integração entre Xbox e a nova versão do seu sistema operacional.
O Xbox One foi construído sobre uma base Windows. E o Windows já tem um aplicativo com várias funções da rede online Xbox Live, como o acesso à lista de amigos, conquistas e até o "streaming" de games do Xbox One para o computador. No entanto, essa integração agora alcança um novo nível: o conteúdo propriamente dito
No evento, a Microsoft anunciou a estreia da série de corrida "Forza" no Windows 10. É "Forza Motorsport 6 Apex", uma versão gratuita do game de Xbox One que suporta resolução 4K (Ultra HD) e traz novos modos de jogo.
Também passaram por lá os portes para computador de "Gears of War: Ultimate Edition", outro "showcase" gráfico que pode ser rodado a 4K, e da terceira temporada de "Killer Instinct". A estreia nos PCs do violento game de luta irá permitir ainda a disputa de partidas com quem estiver jogando no Xbox One, como acontece com o PlayStation 4 em "Street Fighter V".

Colar pra somar
Para Greenberg, a aposta na integração é boa para todos. "Para um desenvolvedor, é muito melhor poder criar uma versão do game, vendê-lo em uma só loja e ter uma infraestrutura única que funciona em várias plataformas", diz o executivo. "Do ponto de vista do jogador, ele só quer jogar. Ele quer que seus games funcionem".
O maior exemplo dessa mentalidade é um título inédito – uma aposta que pode até ser considerada arriscada, já que ele é um dos jogos mais esperados de 2016. "Quantum Break", nova produção da Remedy ("Alan Wake"), será a grande cobaia de um modelo "cross-buy", "cross-save", entre Xbox One e Windows 10.
Ou seja, você compra a versão de Xbox One, ganha (na pré-venda) a de Windows 10, e consegue levar seu progresso no game de um aparelho para o outro. Algo que já acontece de forma similar em jogos indie para PS4 e PS Vita. Sacou a comparação com Netflix lá de cima?
"Estamos tentando quebrar a parede entre as comunidades de jogadores de consoles e de PCs e unir todos eles", defende Greenberg. "Usar a plataforma universal do Windows para lançar games que funcionam nos dois aparelhos permite que as pessoas comecem uma partida na sala e terminem no quarto".
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