segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mortal Kombat: 5 Fatalities que certamente seriam rejeitados

Inicialmente, desatarraxar cabeças, arrancar corações e torrar até os ossos o corpo inconsciente de um adversário vencido já eram o suficiente. Entretanto, veio o segundo, o terceiro Mortal Kombat, e com eles a necessidade de algo diferente para manter e expandir um dos maiores diferenciais da série.
Foi aí que se viu coisas como o “Friendship”, o “Babality”, o “Animality”, o “Brutality” — sem falar na versão água com açúcar dos “Heroic Brutality”, única forma de a pudica DC permitir alguma violência desmedida por parte de seus semideuses de roupas apertadas. De fato, até um “Kreate-a-Fatality” chegou a surgir (Mortal Kombat: Armageddon), permitindo, em certa medida, que você desenvolvesse formas particulares de golpes de misericórdia.
Mas sempre há espaço para mais ideias, certo? Algumas delas até poderiam vingar, embora outras sejam absurdas demais até para que alguém as considerasse de forma remotamente séria. Abaixo, seguem algumas propostas lançadas por Jared Petty em artigo escrito para o site IGN, seguidas dos motivos pelos quais elas provavelmente não funcionariam. Dê uma olhada e decida a qual das duas categorias mencionadas essas propostas se encaixam.
(Em tempo: por algum motivo, parece razoável chamar a atenção aqui para a natureza humorística dos movimentos descritos abaixo. Os tempos modernos tornam esta observação necessária, aparentemente).

Reality

Tenho que confessar que sempre achei os X-Rays um exagero cosmético um tanto absurdo — mesmo para os padrões de uma série naturalmente fantástica. Afinal, qual seria a possibilidade de um sujeito com a mandíbula, as costelas, o crânio e a espinha dorsal partidas continuar tranquilamente um combate por vários rounds?
Foi exatamente o que imaginou o Sr. Petty com o seu “Reality”. Após tomar um golpe particularmente intenso, o azarado oponente simplesmente despencaria de cara no chão... E seria fim de luta, ficando o outro sujeito esperando em vão por uma recuperação. Afinal, “isso é o que acontece quando um ninja desfere um soco diretamente na sua cara”.
O motivo para não funcionar: “A realidade [reality] não é divertida”.

Constitutionality

Comece a brincar com o sufixo “ality”, e você provavelmente chegará em algumas opções bastante cômicas, como esta. O movimento final definido como “Constitutionality” (constitucionalidade) imagina que os oprimidos cidadãos de Outworld finalmente se juntaram, formando uma aliança de “ninjas, ciborgues e pessoas estranhas de quatro braços”. A vitória final sobre os inimigos e a liberdade viriam após uma associação bastante insólita com os franceses.
O motivo para não funcionar: “Nada nem mesmo remotamente semelhante a isso poderia acontecer de fato”.

Rationality

A pancadaria pode ser divertida, consumindo doses colossais de testosterona e fazendo subir “sangue para os olhos” — sangue que, eventualmente, pode acabar escapulindo por orifícios naturais e fabricados no momento. Mas... Não bastaria um pouco de racionalidade para colocar um fim às contendas? Sentar para uma boa conversa, definir termos, chegar a um denominador comum? Seria caso para um “Rationality” (racionalidade), portanto.
“’Pelo que nós estamos lutando’, Scorpion pergunta a Sub-Zero após metade de um round de ossos quebrados e X-Rays. ‘Digo, isso não é a forma correta para se resolver um conflito’.” De acordo com a ideia do redator, os dois inimigos inveterados terminariam a coisa toda de forma racional e pacífica, fechando tudo com um aperto de mãos altamente simbólico.
O motivo para não funcionar: “Acaba com a possibilidade de uma sequência”.

Mortality

Quem nunca questionou o fato de guerreiros mortos voltarem de suas tubas — ou de suas urnas, dependendo do Fatality utilizado — em pouco tempo, tornando a confrontá-lo sem qualquer arranhão (ou rancor) evidente? Das duas uma: ou há instalações genéticas trabalhando em clones a todo o vapor ou se trata da maior e mais trágica contratação de sósias da História.
Mas há como resolver isso, é claro. A solução seria o “Mortality” (mortalidade). O movimento imaginado pelo redator da IGN despacha os inimigos para todo o sempre — já que, afinal, isso é o que acontece quando alguém óbvia e irremediavelmente morto.
Caso você seja o vencedor das lutas por Mortality, o que restaria seria um menu de escolha de personagens cheio de molduras vazias. “Esse é o preço de um golpe de finalização Mortality, em que atirar no seu oponente com uma arma leva à conclusão lógica: o personagem está morto e vai permanecer morto.”
O motivo para não funcionar: “Mesmo com lutadores distribuídos via DLC [conteúdo para download], você acabaria sem oponentes rapidamente, deixando o seu avatar aguardando solitário em uma selva, olhando vagamente e esperando que alguém apareça”. (Seria a oportunidade para um autoquestionamento que, eventualmente, poderia terminar em um Hara-Kiri, botando fim à série).

Sexuality

Sempre haverá algo mais chocante para o entretenimento eletrônico do que colunas vertebrais arrancadas pelo pescoço, do que corpos carbonizados, do que tripas evisceradas, do que membros fatiados ao som de gritos de puro horror. Trata-se, naturalmente, do ato sexual humano.
Dessa forma, é de se imaginar que um “Sexuality” (autoexplicativo, convenhamos) jamais pudesse passar como um movimento final de Mortal Kombat. Isso seria uma afronta aos bons costumes — e provavelmente não faltariam ameaças indignadas de violência física a quem não enxergasse dessa forma, é claro. Pura e simples retaliação apropriada.
O motivo para não funcionar: “Sexo é mau”.

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