terça-feira, 16 de maio de 2023

Criticado por usar fóssil 'roubado' do Brasil, estudo na Alemanha diz que dinossauro nordestino era caçador ágil

 

Por Júlia Putini, g1

 


Irritator challengeri
00:00/02:13

Irritator challengeri

Novos detalhes sobre um dinossauro que viveu no Nordeste do Brasil foram revelados por cientistas alemães e franceses. Eles analisaram um fóssil que está no acervo de um museu na Alemanha: uma tomografia do crânio do Irritator Challengeri permitiu que a equipe internacional afirmasse que o animal era um caçador mais rápido e mais versátil do que se imaginava anteriormente.

Mas a divulgação desta pesquisa também motivou um novo capítulo do debate sobre ética na ciência, já que a retirada de fósseis do Brasil é ilegal. O crânio deste exemplar foi contrabandeado nos anos 1990 e levado para o Museu Estadual de História Natural de Stuttgart.

No resumo abaixo, entenda em 8 itens as descobertas da pesquisa e a polêmica:

  1. Estudo foi publicado em abril na revista científica 'Palaeontologia Electronica' e trata de um dinossauro da família dos espinossaurídeos;
  2. Os cientistas concluíram que estruturas do crânio permitem dizer que esse espécime não se alimentava apenas de animais pequenos, mas também de outros maiores; e que ele tinha comportamento bastante ágil;
  3. Pesquisa também indicou que ele era capaz de transitar com facilidade entre o ambiente aquático e o terrestre;
  4. Fóssil do Irritator provavelmente foi encontrado na Bacia do Araripe, entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, conhecida por reunir fósseis de seres que viveram há 110 milhões de anos;
  5. Ele foi contrabandeado para a Alemanha na década de 1990 e apresentado pelo Museu Estadual de História Natural de Stuttgart;
  6. Desde 1942 existe um decreto-lei que determina que os fósseis encontrados no Brasil são propriedade do Estado;
  7. O texto do estudo tinha uma ressalva